Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A presidenta Dilma Rousseff disse que o enfrentamento da
violência contra jovens negros será umas das prioridades na
implementação do Estatuto da Juventude. “Temos de construir, dentro
desse novo estatuto, as trincheiras para lutar contra a questão da
violência indiscriminada contra jovens negros e pobres”, disse em
discurso durante a cerimônia de assinatura do estatuto. “Eu considero
que esse é o nosso tema prioritário, e quero que seja o centro da
questão nesse universo que abrange a juventude do país, que corta todo o
país, e está em todas as periferias, em todas as regiões”, acrescentou.
A presidenta classificou a violência contra jovens negros da
periferia como a “manifestação mais forte da desigualdade” no Brasil.
“Ela mostra um lado da nossa sociedade com o qual não podemos conviver
pacificamente. É o ato mais perverso”, avaliou. Antes do discurso, a
presidenta recebeu de um grupo de artistas e ativistas do movimento
negro uma carta com reivindicações da população jovem das periferias brasileiras.
O estatuto faz com que direitos previstos em lei, como educação,
trabalho, saúde e cultura sejam aprofundadas para atender necessidades
específicas dessa faixa etária, que reúne cerca de 51 milhões de
brasileiros. “Firmamos hoje um pacto pela juventude brasileira. O
estatuto tem 48 artigos, que vão nos dar a baliza para implementar
políticas que assegurem trabalho decente, saúde, segurança, transporte
coletivo”, listou a presidenta.
Ela sancionou o estatuto com vetos ao texto aprovado pela Câmara no
começo de julho. Um dos trechos vetados é que o previa o direito meia
passagem em ônibus interestaduais a jovens estudantes. A presidenta
manteve a reserva de dois assentos gratuitos e duas meias passagens para
jovens de baixa renda, conforme ordem de chegada.
Fonte: Agência Brasil
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