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Mostrando postagens de outubro, 2013

Aquilo que você não sabia sobre Karl Marx

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"Árabes, Turcos, Tártaros, Mongóis, que sucessivamente invadiram a Índia, cedo ficaram indianizados, uma vez que, segundo uma lei eterna da história, os conquistadores bárbaros são eles próprios conquistados pela superior civilização dos seus súditos. Os Britânicos foram os primeiros conquistadores superiores e, por conseguinte, inacessíveis à civilização hindu. Destruíram-na, rebentando com as comunidades nativas, arrancando pela raiz a indústria nativa e nivelando tudo o que era grande e elevado na sociedade nativa. As páginas históricas da sua dominação na Índia quase não relatam mais nada para além essa destruição. A obra de regeneração mal transparece através de um montão de ruínas. Apensar disso ela começou. "(MARX, 1982: pág. 520); "Assim pois, a Índia não podia deixar de escapar ao seu destino de ser conquistada e toda história passada, supondo que tenha existido tal história, é a sucessão das conquistas sofridas por ela. A sociedade hindu ca

O preconceito e a opressão de seus belos cachos

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Por Kauê Vieira para  +Preta Gorda   Meus dedos coçam e minha cabeça dá nó quando penso em  racismo .  Sim, sou  negro , nascido na  periferia , filho de  mãe preta e pai branco . Sim, como todos os negros sofri  preconceito  ao longo da minha vida, aliás, sofro, afinal de contas no Brasil o  preconceito  está presente como um espírito vagando. Para muitos ele vive num mundo distante da realidade diária, todavia, eu penso diferente e afirmo que ele caminha junto com os passos das pessoas apressadas. Em um país como o nosso, que carrega cicatrizes e traumas não superados, entre outras coisas de uma  ditadura militar  de mais de 20 anos e de uma  escravidão  que dizimou centenas de negros durante mais de 300 anos (1530-1888) e até hoje foi “esclarecida” com uma simples assinatura, não é possível dizer que exista convivência harmônica, que não exista exclusão e  racismo . Os negros chegaram ao Brasil em função do aumento da produção de açúcar na metade do século XVI. Vi

Racismo na infância: as marcas da exclusão

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Como uma pessoa se torna racista e que tipo de efeitos a criança vítima de discriminação carrega para a vida adulta? A reportagem que você lerá a seguir propõe uma reflexão sobre essas e outras perguntas Por Maíra Streit Esta matéria faz parte da edição 126 da revista Fórum. Compre aqui . A pequena estudante*, de quatro anos, acordou alegre naquele dia. Estava orgulhosa por ter sido escolhida pela professora para ser a noivinha da festa junina da escola. Os cabelos crespos foram cuidadosamente arrumados pela mãe e enfeitados com um véu branco, que emoldurava um rosto expressivo e sorridente. Era para ser uma data especial na vida daquela criança. Porém, o encantamento durou pouco. (Eastop – stock.xchng) Durante a quadrilha, a avó do colega que fez par com a menina mostrou indignação ao ver que o neto dançaria com uma aluna negra. Dias depois, voltou à escola para tirar satisfações. Segundo consta no boletim de ocorrência registrado pela família da vítima, a se

Ministra responde jornal após acusação de racismo por escolha de escritores em Frankfurt

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Gente, na boa... Não temos escritores negros?! Como ela tem a pachorra de declarar uma coisa dessas? Vejo pretos e pretas se empenhando por aí em levar um pouco mais de cultura à população, e são sumariamente descartados desta maneira? Peraí... Olhem a notícia: "O Brasil vive um momento de transformação, e nas próximas gerações teremos número maior de negros participando. Hoje, infelizmente, não temos", disse a ministra da Cultura, Marta Suplicy, para amenizar a crítica do jornal alemão Süddeutsche Zeitung devido à presença de apenas um negro (Paulo Lins, de "Cidade de Deus") e um indígena (Daniel Munduruku, autor de 43 livros) entre os 70 escritores levados para a Feira do Livro de Frankfurt.  Your browser does not support inline frames or is currently configured not to display inline frames. Crédito:Agência Brasil Ministra negou preconceito e respondeu ao jornal alemão De acordo com a Agência Estado

Esconder o racismo não o faz ir embora, diz ex-pantera negra

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A ex-pantera negra Ericka Huggins relembra a luta contra o racismo nos EUA durante os anos de 1960 e 1970 e diz que ainda há muito que avançar: “me recuso a desistir” Daniele Silveira, Guilherme Zocchio, José Coutinho Jr. e Viviane Araújo de Guararema (SP) “O governo queria que esperássemos, mas éramos jovens e impacientes. Esperamos centenas de anos após o fim da escravidão.” Assim Ericka Huggins, professora universitária e socióloga, hoje com 64 anos, definiu sua militância quando era jovem no Partido dos Panteras Negras (em inglês, BPP – Black Panther Party ), nos Estados Unidos. Ericka esteve recentemente no Brasil, onde visitou diversas universidades e escolas para relatar sua história de vida e trajetória no movimento negro estadunidense nos anos de 1960 e 1970. Aos 15 anos, presenciou o histórico discurso de Martin Luther King em defesa dos direitos civis dos negros, episódio que influenciou sua decisão de entrar na luta política. Três anos