O racismo que não dorme...
Ano passado, produzi uma mini
pesquisa sobre um movimento antigo (porém ainda vivo) chamado Black Face, onde
o alvo é a estereotipação do negro. O
criei, indignada com todo o processo evolutivo do mesmo, principalmente por
culpa da mídia, que ao contrário do que muitos pensam, introduz estes conceitos
extremamente racistas na mente das sociedade que já é culturalmente racista, e
principalmente na mente dos nossos irmãos que acreditam naquelas verdades e
tomam pra si aquelas realidades.
Link da Nota no Facebook:
https://www.facebook.com/notes/al%C3%AA-de-mattos/ya-bon-banania-e-a-influ%C3%AAncia-cont%C3%ADnua-no-estere%C3%B3tipo-do-negro/428666773836539
https://www.facebook.com/notes/al%C3%AA-de-mattos/ya-bon-banania-e-a-influ%C3%AAncia-cont%C3%ADnua-no-estere%C3%B3tipo-do-negro/428666773836539
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“A expressão y’a bon banania remete a rótulos e cartazes publicitários criados em 1915 pelo pintor De Andreis, para uma farinha de banana açucarada instantânea a ser usada “por estômagos delicados” no café da manhã. O produto era caracterizado pela figura de um tirailleur sénégalais (soldado de infantaria senegalês usando armas de fogo), com seu filá vermelho e seu pompom marrom, característicos daquele batalhão colonial. O “riso banania” foi denunciado pelo senegalês Léopold Sedar Senghor em 1940, no prefácio ao poema“ Hóstias negras”, por ser um sorriso estereotipado e um tanto quanto abestalhado, reforçoao racismo difuso dominante. Em 1957 o publicitário Hervé Morvan criou uma versão mais gráfica, mais modernizada, do “sorriso banania”, permanecendo sua estilização em uso nas caixas do produto até o início da década de 1980. Na capa, no alto à direita, temos uma reprodução da versão original de 1915, e, mais para o centro, a versão de Morvan”. – Nota do livro Pele Negra Máscaras Brancas, Pág. 47 – Cap. 1 – O Negro e a linguagem. |
O motivo da minha revolta foi o
quadro “Adelaide”, protagonizado pelo ator e “comediante” (que de branco não
tem nada) Rodrigo Sant’Anna. O quadro, como era de se esperar da Rede Globo,
era a respeito de uma senhora negra, pedinte, com traços negros marcantes como
nariz negroide, pele preta (pintada). A
passava a imagem ao telespectador de que a mulher negra é feia, fedida,
tem o cabelo “duro”, sustenta marido alcoólatra e que além de tudo,
trambiqueira pois ostentava um Tablet e seguia pedindo dinheiro no trem, sempre
com o velho sorriso idiotizado (característica dos Black Faces) dizendo a frase
“eu sou a cara da riqueza”. Feriu meu orgulho de mulher preta. Não consigo
conceber piadas racistas. Será mesmo que a gente precisa dessa imagem de nós
mesmas sendo divulgada dessa forma? O respeito fica aonde?
Bom... Ocorreu que, no início deste
ano tivemos um problema nas redes sociais. A vaidade da mulher preta (homens
também) foi ferida, devido um marketing racista, vindo de uma marca de produtos
cosméticos denominada Cadiveu. Esta, promoveu o que denominou “brincadeira
publicitária” uma sessão de fotos, onde modelos e outras pessoas ostentavam uma
peruca Black Power e uma plaquinha com a seguinte mensagem: “Eu preciso de
Cadiveu”. Lê-se: “Tenho cabelo armado, preciso abaixar o volume e a solução é
Cadiveu”, como se nossos cabelos crespos fossem problema e como se tivéssemos
necessidade de desestruturá-los. Mais uma manifestação do movimento Black Face,
onde o único intuito é ridicularizar e diminuir o povo preto.
Com isso, uma manifestação
generalizada de homens e mulheres orgulhosos de sua etnia e de seu fenótipo
africano, tomou conta de redes sociais. Fotos espalhadas pelo Facebook,
mostravam a todos a indignação e fúria de pessoas que lutam pelo simples
direito de ser como são, sem precisar utilizar de artifícios para que a
sociedade aceite. Fotos com mensagens #EuNãoPrecisoDeCadiveu,
e comentários cheio de argumentos e contextos foram postados em perfis
pessoais, grupos, comunidades e até mesmo na própria página da Cadiveu. Esta,
por sua vez, se manifestou algumas vezes, tentando se fazer de desentendida e
oferecendo promoções para tratamento de cabelo (vê se pode?), falando manso
como se estivesse lidando com crianças, o que causou ainda maior furor dentre
os manifestantes. Nós da equipe também estivemos em meio a estes manifestos.
A coisa toda ficou tão séria, que
tomou proporções midiáticas e internacionais. O G1 (http://g1.globo.com/economia/midia-e-marketing/noticia/2013/01/brincadeira-de-empresa-de-produtos-para-cabelos-gera-protestos-na-web.html) publicou alguns dias depois,
uma matéria sobre o caso e entrevistou a querida Élida, administradora da comunidade
Meninas Black Power, tendo em vista
que este fato foi denunciado inicialmente por este grupo. Após isso, blogs
internacionais também se manifestaram, noticiando o ocorrido e publicando as
manifestações de cada comunidade
engajada na causa. A Cadiveu escreveu
uma nota, tentando se desculpar mas ao mesmo tempo não assumindo a culpa, e
seus seguidores prosseguiram em comentários racistas e insultos aos
participantes do manifesto.
Um Abaixo Assinado foi feito contra
a empresa, onde assinaram a Preta&Gorda e todas as comunidades
participantes deste manifesto. Mas até agora, não obtivemos um pedido de
desculpas formal.
A Equipe Preta&Gorda também NÃO PRECISA de Cadiveu!
Não é fenômeno atual o fato de que o fenótipo de pessoas negras é adjetivado como 'ruim'; conforme ensaio de G.K. Hunter ("Othello and color prejudice", 1978, p.41), na literatura religiosa, nos romances medievais e na tradição pictórica, todos os demônios, pagãos, maus espíritos, mouros e turcos eram negros.
Dito fenômeno se acentuou por ocasião da escravidão de negros africanos; conforme ensinou Octave Mannoni, em "Próspero e Caliban", as diferenças entre os seres humanos foi usada pelo colonizador como um instrumento de dominação, pois ele, além de não perceber o mundo do colonizado como um mundo a ser respeitado, ainda buscava satisfação psicológica na imposição de seus próprios valores e tradições como 'algo superior'.
Essa dominação se deu, no caso dos escravos africanos, com uma total repressão a tudo que se referisse ao povo africano: seus valores, deuses, tradições e fenótipo. A palavra diáspora refere-se a um trauma coletivo de um povo que, banido de sua terra e vivendo em um lugar inóspito, sente-se como que desenraizado de sua cultura e de seu lar. Esse trauma leva muitas pessoas negras a, buscando a aceitação do dominador, negar sua própria afrodescendência ao buscar a adequação de seus corpos (e cabelos) aos padrões eurocêntricos impostos.
Mesmo após passados anos da abolição da escravatura, essa desvalorização da pessoa negra, de sua cultura e valores se perpetua através de outros meios, como a demonização das religiões de matriz africana, a qualificação pejorativa do fenótipo negro e o tratamento de pessoas negras como que inferiores, com o uso de linguajar infantil que reflete exatamente esse sentimento de superioridade de quem o adota.
Recentemente a marca de produtos cosméticos 'Cadiveu Brasil' publicou em sua página do Facebook um álbum onde foi retratada uma campanha que perpetuava o racismo, por meio de qualificação pejorativa do cabelo de pessoas negras. Dito álbum mostrava pessoas colocando uma peruca que lembrava o cabelo 'black' e segurando uma placa com os dizeres 'eu preciso de cadiveu' (numa clara alusão à idéia de que o cabelo crespo, para se tornar apresentável/aceitável, precisava de um cosmético).
O coletivo 'Mulheres Black Power' foi o primeiro a se manifestar contrariamente a esse preconceito velado, disfarçado de 'padrões de beleza' eurocêntricos e racistas; e vários outros coletivos e usuários da rede manifestaram repúdio à dita conduta.
No lugar de apresentar uma retratação digna, a referida marca respondeu no Facebook dizendo que era 'apenas uma brincadeira', 'que a campanha tinha sido um grande sucesso', 'que tinham uma modelo negra que assumia o cabelo black', entre outras coisas.
Referida resposta nem de longe constitui a postura que se espera de uma empresa séria que diz respeitar a diversidade e suas consumidores' ; reflete, na verdade, uma visão alienada de que sob a desculpa do 'humor'tudo pode ser feito, que ter uma modelo negra os autorizaria a vilipendiar o fenótipo negro, que um grande sucesso numa campanha constituiria motivo suficiente para a manutenção desta campanha, independentemente de seu conteúdo.
Seguiram-se novas manifestações de usuários e nova manifestação da marca, que desta vez optou por usar um linguajar infantilizado, apelo à emoção e reiteração do racismo com a alusão à 'raça pura' e a proposta de fazer um vídeo com 'meninas que valorizem os cachos'.
Entendemos que um simples vídeo sem que antes dele venha uma retratação pública não resolverá a crise estabelecida. É preciso que a marca tome outras medidas para demonstrar seu compromisso com o combate ao racismo, pois esse problema não é algo individual, mas coletivo, que infecta todos os padrões sociais.
Enquanto o racismo declarado constitui crime, o velado (em forma de padrões de beleza e humor, por exemplo) continua firme e forte, afetando crianças, jovens e adultos que são marginalizados e ridicularizados. Marcas de produtos e pessoas podem perpetuar o racismo, ainda que de forma inconsciente, motivo pelo qual é preciso conscientizar e educar toda a sociedade contra esses tipos de racismo como parte do combate ao problema. Fazer isso é decência básica humana.
Por este motivo, os coletivos que assinam a presente, resolveram apresentar esta nota de repúdio e uma proposta de retratação eficaz:
a) Indisponibilizar o álbum com a campanha que originou a crise (o que foi feito espontaneamente pela Cadiveu),
b) Apresentar texto onde se reconheça que qualificar ou insinuar que o cabelo crespo é algo ruim e precisa de um produto para ser melhorado constitui racismo velado e se desculpar pela perpetuação do racismo, ainda que essa perpetuação não tenha sido feita de forma consciente.
c) Desculpar-se por ter usado, em suas respostas, palavras como 'raça pura' , o apelo à emoção e a linguagem infantilizada (que revela uma visão de superioridade em relação às pessoas que reclamaram).
d) Comprometer-se na luta contra o racismo, fazendo campanha nos moldes da adotada pela DKT com o caso dos preservativos 'Prudence',
Assinam o presente os coletivos:
1 -'Meninas Black Power' - link: https://www.facebook.com/meninasblackpower?ref=ts&fref=ts
2 - ' 'Preta&Gorda' - link: https://www.facebook.com/PretaeGorda?ref=ts&fref=ts
3 - 'Feministas do Cariri'' - link: https://www.facebook.com/feministasdocariri?ref=ts&fref=ts
4 - Feminismo que cola' - link: https://www.facebook.com/pages/FQC-Feminismo-Que-Cola/347316355364849
5 - 'Nós Denunciamos'' - link: https://www.facebook.com/nosdenunciamos?ref=ts&fref=ts
6 - 'Ogums toques' - link: https://www.facebook.com/OgumsToques?ref=ts&fref=ts
7 - 'Plínio Comenta' - link: https://www.facebook.com/PlinioComenta?ref=ts&fref=ts
8 - Homem Feminista de verdade' - link: https://www.facebook.com/pages/Homem-Feminista-de-Verdade/458014067568295?ref=ts&fref=ts
9 - 'Feminews - link: https://www.facebook.com/Feminews?ref=ts&fref=ts
10 - 'O preconceito onde voce não vê' - link: https://www.facebook.com/OPreconceitoQueVoceNaoVe?ref=ts&fref=ts
11 - 'Femstagram' - link: https://www.facebook.com/pages/Femstagram/277341215706704?ref=ts&fref=ts
12 - 'Cartazes e Tirinhas GLBTs'' - link: https://www.facebook.com/CartazesLgbt?ref=ts&fref=ts
13 - 'Renovação Negra' - link: https://www.facebook.com/pages/Renova-Ação-Negra/206081572798330?ref=ts&fref=ts
14 - 'Cem Homens' - link: https://www.facebook.com/cemhomens?ref=ts&fref=ts
15 - 'Não preciso de Cadiveu' - link:https://www.facebook.com/NaoPrecisoDeCadiveu?ref=ts&fref=ts
16 - 'Blogagem Coletiva Mulher Negra' - link: https://www.facebook.com/blogagemcoletivamulhernegra?ref=ts&fref=ts
17 - 'Blogueiras Negras' - link: https://www.facebook.com/groups/346374468795004/?ref=ts&fref=ts
18 - 'Aline Valek' - link: https://www.facebook.com/alinevalek.blog?ref=ts&fref=ts
19- 'Femenputecidx' link: https://www.facebook.com/pages/Femenputecidxs/199703346829397?ref=ts&fref=ts
20 - Liga Humanista Secular - LiHS - link: https://www.facebook.com/lihsbrasil?ref=ts&fref=ts
21 - Slut Shaming Detected - link: http://slutshamingdetected.tumblr.com/
Se o racismo está enraizado, arranquemos a praga com raiz e tudo e a substituamos pela valorização das raízes negras. Meu cabelo é bom; ruim é o seu preconceito.
Não é fenômeno atual o fato de que o fenótipo de pessoas negras é adjetivado como 'ruim'; conforme ensaio de G.K. Hunter ("Othello and color prejudice", 1978, p.41), na literatura religiosa, nos romances medievais e na tradição pictórica, todos os demônios, pagãos, maus espíritos, mouros e turcos eram negros.
Dito fenômeno se acentuou por ocasião da escravidão de negros africanos; conforme ensinou Octave Mannoni, em "Próspero e Caliban", as diferenças entre os seres humanos foi usada pelo colonizador como um instrumento de dominação, pois ele, além de não perceber o mundo do colonizado como um mundo a ser respeitado, ainda buscava satisfação psicológica na imposição de seus próprios valores e tradições como 'algo superior'.
Essa dominação se deu, no caso dos escravos africanos, com uma total repressão a tudo que se referisse ao povo africano: seus valores, deuses, tradições e fenótipo. A palavra diáspora refere-se a um trauma coletivo de um povo que, banido de sua terra e vivendo em um lugar inóspito, sente-se como que desenraizado de sua cultura e de seu lar. Esse trauma leva muitas pessoas negras a, buscando a aceitação do dominador, negar sua própria afrodescendência ao buscar a adequação de seus corpos (e cabelos) aos padrões eurocêntricos impostos.
Mesmo após passados anos da abolição da escravatura, essa desvalorização da pessoa negra, de sua cultura e valores se perpetua através de outros meios, como a demonização das religiões de matriz africana, a qualificação pejorativa do fenótipo negro e o tratamento de pessoas negras como que inferiores, com o uso de linguajar infantil que reflete exatamente esse sentimento de superioridade de quem o adota.
Recentemente a marca de produtos cosméticos 'Cadiveu Brasil' publicou em sua página do Facebook um álbum onde foi retratada uma campanha que perpetuava o racismo, por meio de qualificação pejorativa do cabelo de pessoas negras. Dito álbum mostrava pessoas colocando uma peruca que lembrava o cabelo 'black' e segurando uma placa com os dizeres 'eu preciso de cadiveu' (numa clara alusão à idéia de que o cabelo crespo, para se tornar apresentável/aceitável, precisava de um cosmético).
O coletivo 'Mulheres Black Power' foi o primeiro a se manifestar contrariamente a esse preconceito velado, disfarçado de 'padrões de beleza' eurocêntricos e racistas; e vários outros coletivos e usuários da rede manifestaram repúdio à dita conduta.
No lugar de apresentar uma retratação digna, a referida marca respondeu no Facebook dizendo que era 'apenas uma brincadeira', 'que a campanha tinha sido um grande sucesso', 'que tinham uma modelo negra que assumia o cabelo black', entre outras coisas.
Referida resposta nem de longe constitui a postura que se espera de uma empresa séria que diz respeitar a diversidade e suas consumidores' ; reflete, na verdade, uma visão alienada de que sob a desculpa do 'humor'tudo pode ser feito, que ter uma modelo negra os autorizaria a vilipendiar o fenótipo negro, que um grande sucesso numa campanha constituiria motivo suficiente para a manutenção desta campanha, independentemente de seu conteúdo.
Seguiram-se novas manifestações de usuários e nova manifestação da marca, que desta vez optou por usar um linguajar infantilizado, apelo à emoção e reiteração do racismo com a alusão à 'raça pura' e a proposta de fazer um vídeo com 'meninas que valorizem os cachos'.
Entendemos que um simples vídeo sem que antes dele venha uma retratação pública não resolverá a crise estabelecida. É preciso que a marca tome outras medidas para demonstrar seu compromisso com o combate ao racismo, pois esse problema não é algo individual, mas coletivo, que infecta todos os padrões sociais.
Enquanto o racismo declarado constitui crime, o velado (em forma de padrões de beleza e humor, por exemplo) continua firme e forte, afetando crianças, jovens e adultos que são marginalizados e ridicularizados. Marcas de produtos e pessoas podem perpetuar o racismo, ainda que de forma inconsciente, motivo pelo qual é preciso conscientizar e educar toda a sociedade contra esses tipos de racismo como parte do combate ao problema. Fazer isso é decência básica humana.
Por este motivo, os coletivos que assinam a presente, resolveram apresentar esta nota de repúdio e uma proposta de retratação eficaz:
a) Indisponibilizar o álbum com a campanha que originou a crise (o que foi feito espontaneamente pela Cadiveu),
b) Apresentar texto onde se reconheça que qualificar ou insinuar que o cabelo crespo é algo ruim e precisa de um produto para ser melhorado constitui racismo velado e se desculpar pela perpetuação do racismo, ainda que essa perpetuação não tenha sido feita de forma consciente.
c) Desculpar-se por ter usado, em suas respostas, palavras como 'raça pura' , o apelo à emoção e a linguagem infantilizada (que revela uma visão de superioridade em relação às pessoas que reclamaram).
d) Comprometer-se na luta contra o racismo, fazendo campanha nos moldes da adotada pela DKT com o caso dos preservativos 'Prudence',
Assinam o presente os coletivos:
1 -'Meninas Black Power' - link: https://www.facebook.com/
2 - ' 'Preta&Gorda' - link: https://www.facebook.com/
3 - 'Feministas do Cariri'' - link: https://www.facebook.com/
4 - Feminismo que cola' - link: https://www.facebook.com/
5 - 'Nós Denunciamos'' - link: https://www.facebook.com/
6 - 'Ogums toques' - link: https://www.facebook.com/
7 - 'Plínio Comenta' - link: https://www.facebook.com/
8 - Homem Feminista de verdade' - link: https://www.facebook.com/
9 - 'Feminews - link: https://www.facebook.com/
10 - 'O preconceito onde voce não vê' - link: https://www.facebook.com/
11 - 'Femstagram' - link: https://www.facebook.com/
12 - 'Cartazes e Tirinhas GLBTs'' - link: https://www.facebook.com/
13 - 'Renovação Negra' - link: https://www.facebook.com/
14 - 'Cem Homens' - link: https://www.facebook.com/
15 - 'Não preciso de Cadiveu' - link:https://www.facebook.com/
16 - 'Blogagem Coletiva Mulher Negra' - link: https://www.facebook.com/
17 - 'Blogueiras Negras' - link: https://www.facebook.com/
18 - 'Aline Valek' - link: https://www.facebook.com/
19- 'Femenputecidx' link: https://www.facebook.com/
20 - Liga Humanista Secular - LiHS - link: https://www.facebook.com/
21 - Slut Shaming Detected - link: http://
Se o racismo está enraizado, arranquemos a praga com raiz e tudo e a substituamos pela valorização das raízes negras. Meu cabelo é bom; ruim é o seu preconceito.
Não obstante, uma maternidade
publica logo depois do ocorrido, a seguinte postagem:
E em seguida, ocorre o caso de
racismo cometido pelo gerente de uma concessionária, contra um menino preto adotado
por um casal de brancos. O caso também ganhou manchetes internacionais e
conhecimento do Presidente dos EUA Barak Obama.
LINK DA ENTREVISTA: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2013/01/casal-acusa-concessionaria-bmw-de-racismo-contra-filho-de-7-anos-no-rio.html
Agora eu pergunto: Se existe essa tal
democracia racial que todo mundo gosta de pregar, onde “pretos e brancos são
todos iguais”, por qual motivo não existem marketings iguais a esse, dizendo
que a mulher branca de cabelo liso PRECISA encrespar seus cabelos? Por qual
motivo, somos induzidos a compra de cremes e produtos de relaxamentos dos cabelos
se dizem que somos livre para fazermos o que queremos? Por qual motivo um
indivíduo é preterido na fila de emprego quando ostenta um Black fabuloso? Por
qual motivo as pessoas se incomodam tanto?
O racismo é cultural e está tão
enraizado, que as pessoas acham comum utilizar nossas características africanas
como motivo de piada. Isso é triste, pelo fato de não atingir somente adultos.
Existem crianças pretas nas escolas que são segregadas, discriminadas por seus
traços. Quem se lembra do caso da mineirinha de 4 aninhos que sofreu racismo
por parte da avó de um amiguinho de escola? E quando nossas crianças são
comparadas a Adelaide do Zorra Total? Será que isso é mesmo motivo de orgulho?
Cabe a nós pretas e pretos
analisarmos com uma cautela maior tudo o que vem sendo oferecido tanto para
compra, como para assimilação de idéias, através da televisão, pois estamos
falando da construção de um futuro, para nossos filhos e netos. Ensinar a
nossas crianças a valorizar nosso fenótipo, nossa cultura, nossa
ancestralidade... Afrocentrar-nos e afrocentrar os nossos para que nossa
auto-estima esteja sempre elevada e nosso poder de ação cada vez mais aumente.
Lute, critique, fale, denuncie. Sua
voz vale ouro.
Beijocas.
Alessandra.
Equipe Preta&Gorda.
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