ONU ressalta esporte como ferramenta contra o racismo
Foto:ONU/Patricia Esteve
Nesta quinta-feira
(21), Dia lnternacional para a Eliminação da
Discriminação Racial, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, ressaltou o poder do esporte
como ferramenta de combate ao racismo. “O esporte é uma atividade universal que
pode reafirmar nossos direitos humanos fundamentais”, disse Ban em sua mensagem para a data.
“A comunidade
internacional tem a obrigação de trabalhar pela igualdade e pela não
discriminação, e podemos fazer progressos ao fomentar estes valores por meio do
esporte”, acrescentou Ban.
Em sua mensagem
para a data, o Presidente da Federação Internacional de Futebol Associado (FIFA),
Joseph Blatter, afirmou que, apesar das vitórias contra a discriminação e o
preconceito, essas questões ainda permanecem e ainda há muito para mudar.
Segundo Blatter, o
racismo pode estar presente em várias situações, seja nas conversas casuais de
mesas de restaurante, no movimento das esquinas das ruas e nos campos e
estádios de futebol. “Nós não podemos viver negando e fingindo que todas as
batalhas contra o racismo tenham sido vencidas”, disse.
Como exemplo
positivo na luta contra o preconceito no esporte, Blatter citou a equipe da
França campeã da Copa do Mundo de 1998, vista por todos como exemplo de sucesso
de uma nação europeia aberta, moderna e multicultural. O presidente da FIFA
também lembrou a seleção alemã na Copa do Mundo de 2010 na África do Sul,
quando quase a metade de seus atletas tinham origem imigrante.
Data lembra massacre na África do Sul
Todos os anos, a
ONU marca este dia no aniversário do massacre de Sharpeville, em
1960. “Nós nunca poderemos esquecer os 69 manifestantes desarmados e pacíficos
que foram mortos pela polícia sul-africana quando protestavam contra as leis
injustas impostas pelo apartheid naquele país”, disse Ban.
O apartheid foi
desmantelado há muito tempo e já ocorreram outros avanços importantes na luta
contra o racismo, lembrou ele. “Esses incluem tratados e declarações, o
desenvolvimento de um quadro internacional para combater o racismo e sistemas
nacionais de proteção por numerosos Estados.”
No entanto, apesar do progresso, Ban Ki-moon lembrou que o racismo continua sendo uma “ameaça
generalizada” para indivíduos e grupos étnicos e religiosos em todo o mundo. “É
uma ameaça à estabilidade e uma grave violação dos direitos humanos.”
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