Primeira edição do Mulheres Negras Contam sua História premia vencedoras
Brasília
– As ministras da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Eleonora
Menicucci, e da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade
Racial, Luiza Bairros, participam da entrega do Prêmio Mulheres Negras Contam
sua História. Na foto, à esquerda, a presidenta da Federação Nacional das
Trabalhadoras Domésticas, Creuza Maria Oliveira (Elza Fiúza/ABr)
Brasília
– As secretarias de Políticas para as Mulheres (SPM) e de Promoção da Igualdade
Racial (Seppir) entregaram hoje (23), pela primeira vez, o Prêmio Mulheres
Negras Contam sua História. Foram premiadas 14 mulheres: cinco na categoria
melhor ensaio e cinco com redações, além de quatro menções honrosas
O prêmio,
disse a ministra de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, “é uma
expressão clara de um posicionamento politico ideológico da SPM no
enfrentamento ao racismo em todas as suas formas”. Segundo Eleonora, o prêmio é
um sonho, uma ideia, é um edital que veio para ficar, que pegou.
Luiza
Bairros, da Seppir, destacou o fato de o prêmio dar “mais visibilidade” à
mulher negra na sociedade brasileira. De acordo com a ministra, os textos
premiados ajudarão a pensar a experiência negra no Brasil como algo que se
transforma constantemente, porque a maneira de ser e de estar das mulheres
negras na sociedade também se transformou.
Raquel
Trindade de Souza, de 77 anos, autora da segunda melhor redação, escreveu sobre
sua infância no Recife e sua juventude no Rio de Janeiro. Emocionada, ela disse
que o prêmio dá à mulher negra oportunidade de contar sua história, que faz
parte de todo o movimento negro. “Como mulher negra, como artista plástica,
como presidente do Teatro Clássico Solano Trindade, a importância [do prêmio] é
muito grande.”
Vencedora
na categoria ensaios, com o tema Trabalho Doméstico, Claudenir de Souza,
paulista de Campinas, dedicou a vitória “às 8 milhões de domésticas que existem
no país”. “São 468 anos de trabalho doméstico no país, e 343 anos foram de
trabalho escravo. Há 48 anos, trabalhamos em troca de comida e de algumas
moedas. Faz 77 anos que estamos lutando para ter os mesmo direitos que outros
trabalhadores”, destacou Claudenir.
O 1º
Prêmio Mulheres Negras Contam sua História teve 521 inscrições – 421 redações e
100 ensaios. As 14 histórias vencedoras serão publicadas em livro, até o fim
deste ano.
Edição: Nádia Franco
Direitos
autorais: Creative Commons - CC BY 3.0
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