Site de recrutamento questiona preconceito
Agência de empregos que contrata
domésticas pergunta se cliente tem preferência por cor em formulário
Até às 12h, o site exibia a página, mas foi retirado do ar uma hora depois, quando houve contato da equipe de reportagem com os responsáveis pela agência.
O vice-presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em Sorocaba, Fábio Cenci esclarece que o assunto merece atenção e que se trata de um caso de preconceito. "A empresa pode ser fiscalizada pelo Ministério do Trabalho e até mesmo passar por um processo de investigação do Ministério Público”, afirma.
Uma das sócias da empresa, que não quis se identificar informou que a página passou por uma reformulação e que o campo foi acrescentado sem que os responsáveis tivessem visto. Ela deixou claro que é contra o racismo e que já tomou as medidas necessárias para que o campo fosse retirado do formulário.
O representante do Ministério Público em Sorocaba, José Alberto de Oliveira Marum, entrou em contato com a empresa para que o conteúdo fosse retirado do ar. Outras implicações para a empresa ainda estão sendo analisadas pelo ministério.
O caso chamou a atenção de grupos que defendem os interesses de negros em Sorocaba. A coordenadora do Projeto Quilombinho, Rosângema Alves, acredita que o fato de a página ter sido retirada do ar é uma prova de que os donos da empresa se deram conta da falha. "Agora é a hora de revermos o assunto. Muitos dizem que não existe mais racismo, só que esse fato mostra que ele está mais vivo do que nunca."
Alessandra de Mattos - Preta, Carioca, no processo de afrocentricidade, 32 anos.
Analista
de Suporte Pleno. Desenvolveu desejo pela luta contra o racismo e
opressão ao longo dos anos e hoje encontra-se como militante ativa na
luta pela inclusão de pretos e pretas em todas as esferas sociais,
trabalhando a conscientização dos nossos irmãos e irmãs a cerca desta
problemática, proporcionando mecanismos de leitura e conhecimento
cultural e político e trabalhando a auto-estima do nosso povo que se
encontra abalada pela discriminação racial, muita das vezes mascarada
pela sociedade. Alessandra é idealizadora e Administradora da Comunidade Preta&Gorda.
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