Mario Balotelli em campanha contra o racismo em Itália

O futebolista italiano de origem ganesa Mario Balotelli anunciou hoje que vai participar numa campanha contra o racismo, uma iniciativa de Cecile Kyenge, ministra italiana da Integração, ela própria de origem congolesa.



“Estou disponível para todas as iniciativas ou propostas provenientes das variadas instituições cujo objetivo seja lutar contra o racismo e a discriminação”, declarou o avançado do AC Milan, que já foi vítima de insultos racistas por parte dos adeptos das equipas adversárias.

Cecile Kyenge, de 49 anos, a primeira mulher negra na história de Itália a ocupar um cargo de ministro e que chegou a Itália em 1983, proveniente da Republica Democrática do Congo, considerou que o jogador irá contribuir para uma campanha a favor da integração em Itália e para a adoção do direito à cidadania.

Kyenge, também ela vitima de insultos racistas aquando da sua chegada ao governo italiano, essencialmente por parte dos membros do partido xenófobo e regionalista da Liga do Norte.

“Sou racista, nunca o neguei. A ministra Kyenge devia ficar na sua casa, no Congo. É uma estrangeira na minha casa. Quem lhe disse que era italiana? A sua nomeação foi um grande erro”, declarou recentemente a uma rádio o ex-senador da Liga do Norte, Erminio Boso.

Os principais dirigentes do país e a imprensa tomaram a defesa da ministra após os ataques que esta foi alvo.

“Foi uma escolha de m..., um tributo à incompetência. Ela tem a cabeça de uma dona de casa”, disse, por seu turbo, o deputado europeu da Liga, Mario Borghezio.

Já o chefe de governo Enrico Letta (esquerda) e o seu adjunto, Angelino Alfano (direita), disseram, num comunicado conjunto: “Cécile Kyenge tem orgulho em ser negra e nós temos orgulho de a ter no nosso governo como ministra da Integração”.

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