USP cria bônus para negros
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De acordo com o novo texto, um aluno negro ou indígena que cursou a
educação básica na rede pública poderá ter um bônus de até 25% na nota.
Sem o critério racial, o bônus para a escola pública será de até 20%. O
acréscimo máximo era de 15% na nota até este ano.
Apesar de a proposta votada nesta quinta-feira ser resultado do
posicionamento das 42 unidades da USP, ela tem de ser aprovada no
Conselho Universitário para valer no próximo vestibular. O prazo para as
metas de inclusão também são diferentes do que o governo havia
proposto. O documento elaborado pelo Conselho de Graduação diz que a USP
só teria condições de alcançar 50% de inclusão de alunos de escola
pública em 2018, não em 2016, como previa o plano de Alckmin, o Programa
de Inclusão com Mérito no Ensino Superior Paulista (Pimesp).
O novo projeto não fala em cotas, só em metas. No evento de
apresentação do Pimesp, Alckmin falou em reserva de vagas de forma
gradual, até 2016. "Será automático: 35% das vagas vão para esses
alunos. Eles entrarão pelo vestibular tradicional, se não passar, terão
pontuação acrescida", disse Alckmin em dezembro.
Exclusão
Cursinho
A oferta de um cursinho pré-vestibular é outra aposta. O curso de
reforço, para mil alunos, será oferecido anualmente, com duração de dez
meses. As vagas são destinadas a quem estudou na escola pública e
prestou a Fuvest, mas não passou no vestibular. A primeira edição, de
caráter experimental, será oferecida a partir de agosto, com duração de
cinco meses. As aulas serão ministradas por alunos de Licenciatura, sob a
supervisão de estudantes de pós-graduação, somente na Cidade
Universitária, zona oeste da capital.
O presidente da ONG Educafro, Frei David dos Santos, criticou a
proposta. "A USP usa normas científicas para tudo que faz, mas não para a
questão do negro e pobre", diz ele. "É mais uma enganação da USP, que
devia se mais responsável e fazer estudo de inclusão levando em conta
casos de sucesso concretos." Frei David lembrou a onda de manifestações.
"A USP tem de saber que a gente não vai aceitar, estão brincando com
fogo nesse clima em que o País está." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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