Dia da Mulher negra tem programação na Casa da Cultura
Instituto da Mulher Negra do Piauí (Ayabás) comemora o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha.
O Instituto da Mulher
Negra do Piauí (Ayabás) realiza programação nesta quinta-feira (25) na
Casa da Cultura de Teresina, a partir das 17h, em alusão ao Dia
Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha.
O
dia 25 de julho foi instituído pela ONU como o Dia Internacional da
Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha durante o 1º Encontro de
Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, na República
Dominicana, em 1992. A data foi escolhida como marco internacional da
luta e resistência da mulher negra. Desde então, vários setores da
sociedade atuam para consolidar e dar visibilidade a esta data, tendo em
conta a condição de opressão de gênero, raça e etnia vivida pelas
mulheres negras.
O
objetivo da comemoração de 25 de julho é ampliar e fortalecer as
organizações de mulheres negras, construir estratégias para a inserção
de temáticas voltadas para o enfrentamento ao racismo, sexismo,
discriminação, preconceito e demais desigualdades raciais e sociais. É
um dia para ampliar parcerias, dar visibilidade à luta, às ações,
promoção, valorização e debate sobre a identidade da mulher negra
brasileira.
Nesse
sentido, as mulheres negras piauienses, através do Ayabás, também se
organizam e discutem suas problemáticas específicas, buscando atuar
prioritariamente na formação das mulheres jovens negras, objetivando uma
maior consciência de sua realidade, dos seus direitos e estratégias
necessárias para superação das desigualdades existentes.
Estudos
mostram que no Brasil as mulheres são maioria e representam 51,2% da
população, sendo 46% delas pretas e pardas. De acordo com a professora
Halda, presidenta do Ayabás, a mulher negra está na base da pirâmide
social, com os piores salários, as colocações menos prestigiadas e
sofrendo violências de toda ordem, inclusive física e sexual, e no Piauí
esse quadro não é diferente. No mundo capitalista onde a regra é
acumular lucros explorando os trabalhadores e trabalhadoras, a melhoria
de vida das mulheres negras só acontece através de sua luta e
organização.
Ainda
de acordo com pesquisas, apesar de a mulher negra estudar mais que o
homem negro, possui salários mais baixos. A combinação entre machismo e
racismo vitima, cotidianamente, a mulher que ganha menos que a mulher
branca e menos que o homem negro.
Por
todos esses dados, é que o Instituto da Mulher Negra do Piauí, realiza
uma programação reunindo as mulheres negras e o público em geral, para
ampliar essas discussões e visibilizar a luta das mulheres negras
piauienses, através de roda de diálogos e mesa-redonda com o tema
"Mulheres Negras: Visibilidade e Empoderamento", com a presença de
estudiosas do tema. A atividade faz também uma homenagem aos 10 anos de
morte da Deputada Federal, Francisca Trindade, como um grande
referencial da mulher negra piauiense e brasileira. A programação conta
ainda com duas exposições: "ZUHRI - Imagens e Resistência" e "Trindade
Vive" e outras atividades culturais.
O
evento conta com o apoio da Casa da Cultura de Teresina, através de sua
coordenadora Josy Brito, da Diretoria de Políticas para Mulheres –
DUPM/SASC , do Gabinete da Vereadora Rosário Bezerra e das várias
organizações negras do Estado.
Fonte: Cidade Verde
Comentários
Postar um comentário
Deixe um comentário! É muito importante para nós!