Modelos plus size ganham agência exclusiva em Nova York
No Brasil, agentes lutam para que as regras e direitos da profissão sejam os mesmos para tops magras e gordinhas.
Fernanda Veras, Josiane Lyra e Nathalia Tavares vão estrelar editorial (Foto: Leandro Sant'ana / Divulgação) |
Equilibrar-se no salto durante horas, manter pele e cabelo bem cuidados,
ter unhas impecáveis e o corpo sempre pronto para usar qualquer coisa.
Os requisitos não distinguem as modelos e, de um tempo para cá,
tornaram-se exigência também das representantes da categoria plus size. Sim, porque a moda deixou de ignorar os manequins acima do 44.
Tanto que Nova York ganhou há cerca de um mês sua primeira agência
especializada em tops de todos os tamanhos. A JAG, nome da agência,
também tem as magrinhas, mas seu foco são os tamanhos maiores. Pelo
menos é essa a ideia dos empreendedores e ex-agentes da Ford Models Gary
Dakin e Jaclyn Sarka, que já trabalhavam com mulheres, digamos, mais
reais. A JAG tem em seu casting 30 modelos, incluindo Kaela Humphries,
Kamie Crawford, Mckenzie Raley e Myla Dalbesio.
No Brasil, o mercado ainda é pequeno, mas aos poucos as modelos plus
size começam a dar seus primeiros passos rumo à profissionalização.
Flúvia Lacerda, conhecida como a Gisele Bündchen
GG, é uma das pioneiras. "O que acontece muitas vezes é que para fazer
um catálogo, por exemplo, muitos contratantes querem te dar uma roupa em
troca, ou pagar bem menos que um trabalho vale. Se fosse uma modelo
magra, seria assim?", questiona Tatiana Gaião, Miss Plus Size Rio de
Janeiro 2010, modelo exclusiva de uma grife para gordinhas.
Há pouco mais de um ano no mercado, a G+ Models foi criada pelas irmãs
Karina e Sylvia Braune justamente para colocar um pouco de ordem nesse
cenário. Antes delas, os cachês eram negociados diretamente com as
modelos, que quase sempre saíam perdendo. "Enquanto nos desfiles os
cachês de magras variam de R$ 400 a R$ 800 cada, as plus ganham em
torno de R$ 500. O trabalho mais rentável foi para um editorial em que
cada uma das três modelos recebeu cerca de R$ 6 mil. Mas isso é
raríssimo", conta Sylvia.
A agência ainda está na campanha pela padronização das numerações de
roupas. "A ideia é que os brasileiros consigam identificar o vestuário
certo pelas medidas do corpo. Das marcas que aderirem ao padrão, que não
será obrigatório, poderemos comprar uma blusa observando na etiqueta a
faixa de medida de busto e costas, por exemplo. A Levi's se adiantou e
passou a classificar suas peças de acordo com uma pesquisa que consumiu
um ano e meio e avaliou mais de 60 mil silhuetas femininas em 18 países,
inclusive o Brasil".
Fonte: Ego
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